The Great Harborship

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Canudos: A fortaleza do Nordeste (A Pedido) Parte III Final: O Soldado


Existe um ponto de vista, nem sempre retratado, e agora este será focado: o ponto de vista das partes que entraram em batalha.
O Nordestino: Vindo de uma pobre vida, acostumada a faltas, fome, sofrimento e exploração, este individuo desenvolveu uma personalidade dura, em uma situação de constante luta pela sobrevivência.
Eis, que após tanto mal, aparece uma oportunidade, que lhe garante alimentação, o fim da exploração, e uma possibilidade de vida (terrena e “espiritual”).
Nessa comunidade faz sua vida, sobre o julgo de um líder religioso, tendo uma melhor, em uma comunidade que lhe proporcionou uma vivencia antes negada por seres do qual guardava grande rancor: o governo e os latifundiários.
Sendo assim, eis que este homem vê tudo isso ameaçado por um inimigo externo o qual pretende destituir o líder que tanto fez por seu povo, e acabar com a sua finalmente adquirida paz.
Vendo sua vida como conhece ameaçada, com o incentivo dos lideres militares e um instinto protetor quanto aos mais fracos, velhos, mulheres e criança, ele resolve ajudar na luta, com bravura, dando sua vida pela vida de seu povo e pelo “estilo de vida” que esse finalmente, após tanto sofrimento, conseguira.
Seus idéias são a coragem, a justiça e a lealdade.
Não poupara a ninguém, matará com crueldade. No fim do dia, seu sangue vai estar derramado.
O Soldado da Republica Brasileira: Vindo de uma família pobre do campo ou da cidade (de vários estados), acostumado a privações das mais diversas, este ser parte para um emprego que proporcione sustento a si e a sua família, em um país que finalmente esta mudando, pois a Republica foi instaurada e promete mudanças, melhorias e justiça.
Eis, que um grupo de marginais se reúne nas terras nacionais ao nordeste, recrutando, matando, roubando e aliciando. Tais bandidos prometem acabar com a única esperança que ele tem no momento: a Republica, uma esperança de fim de sofrimento para ele, sua família e todos ao seu redor.
Seu dever é então proteger a Republica de marginais e monarquistas, pois mesmo com um baixo salário (o qual fundamental para sua sobrevivência) e baixos equipamentos e treinamento, é seu dever com seu povo.
Vendo sua esperançosa Republica ameaçada , com incentivo de seus lideres militares e um sentimento de dever a todos de sua família e seu povo, ele parte para lutar nas terras distantes de seu pais.
Seus idéias são a coragem, a justiça e a lealdade.
Não poupara a ninguém, matará com crueldade. No fim do dia, seu sangue vai estar derramado.

Em suma, soldados são guiados por idéias, eles dão sua vida por ideais nem sempre verdadeiros, mas vão defende-los para proteger a população em geral. Seu esforço se da para ceifar a vida do inimigo e garantir a de seu povo que se encontra varias vezes muito distante e apático a um ato de bravura tão grande quanto este.
Com nosso conhecimento atual, sabemos que os sertanejos foram alvo de mentiras, para que fossem reprimidos e assim fosse garantido o poder de poucos. Seus lideres militares (dos quais Antonio Conselheiro não fazia parte) incentivavam seu povo a defesa, mas também com táticas cruéis, sem piedade.
Pelo lado da Republica, que cometeu atrocidades inigualáveis como a execução de centenas de prisioneiros (mulheres e crianças em boa maioria), temos soldados que lutavam por ideais em boa parte falsos, mas por ignorância, e não por lavagem cerebral grave e instinto cruel como a escória nazista.

Um comentário:

  1. Uauu.. o/
    Expressou bem os dois lados da história, você se compadece de um e então olha com compaixão para o outro também!

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